A ESTRELA DE JOANA
Lá saiu o livro do Sr. Paulo Pereira Cristóvão , ex inspector da PJ.
Não faltaram como sempre à apresentação, os ilustres sábios da nossa praça, vestidos de senhores da verdade e ar muito comovido.(Claro , havia câmaras por perto).
Poucas pessoas acreditam na história processual contada em tribunal. Cheira a julgamento forçado e apressado. Ficará para sempre no ar que tivesse a família Cipriano poder económico e nunca seriam acusados.
Ouvi na Televisão o senhor Cristóvão , que foi inspector neste caso, dizer que o corpo da Joana foi esquartejado e colocado num dos carros sucata que seguiu para Espanha onde foi derretido juntamente com o corpo. Pergunto: - Conseguiu a "Justiça" provar em tribunal ?
Quanto à obra de arte (livro) deveria o Sr. inspector relatar também, como e em que circunstâncias a Leonor Cipriano, mãe da Joana, aparece com o rosto desfigurado e repleto de hematomas, depois dos interrogatórios feitos pela PJ, ou será que a senhora tropeçou e caiu nas escadas? Alguma coisa se passou.
Tenho a convicção eu, assim como muitos portugueses tem, que a mãe da Joana se fosse uma qualquer Kate , mãe da pequena Maddie , nunca tropeçaria nos degraus em que Leonores e Ciprianos portugueses tropeçam tantas vezes.
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Parte ll (após alguns comentários)
Quando escrevi sobre a publicação do livro acima referido ainda não o tinha lido. Recebi alguns comentários a referir isso mesmo.
Hoje, dia 16 de Setembro já o li , admito que é um bom romance policial.
Sobre o livro não vou tecer mais nenhum comentário, cada um pensa e lê de acordo com a sua ideia sobre o caso.
Não se esqueçam de uma coisa. Deus nos livre de sermos julgados na rua, logo à partida estamos condenados, a não ser que tenha-mos possibilidades de "comprar" a justiça.
Espero que estes "julgados" de rua, nunca venham a ser vitimas dos seus vereditos.
Fica só um exemplo da justiça "arruaceira".
Tanta gente a aplaudir e a dar palavras de ânimo aos pais de Maddie, e no dia em que são constituidos arguidos são apupados por essas mesmas pessoas. Isso prova o quê?
Primeiro, que não sabem o que é a condição de arguidos.
Segundo, que as pessoas são facilmente influenciáveis, não importa os meios utilizados para tal e, julgam quem quer que seja cegamente.
Ninguém é dono da verdade.
Não defendo a Leonor nem qualquer Cipriano, defendo sim a justiça igual para todos, independentemente do estatuto social, o que lamentávelmente não acontece neste país.
Obrigado a todas/os que têm comentado.